Disciplina: Filosofia
Prof.: Prof. Fil. Antonio Moraes
Série: 1º Ano
Texto: A Atitude filosófica (pág.
6/19)
Livro: Iniciação à Filosofia
Autora: Marilena Chaui
Editora: Ática, 2016
Blog: http://filhodasophia.blogspot.com.br
ESTUDO DIRIGIDO ACERCA DA
TEMÁTICA A ATITUDEFILOSÓFICA (PÁG. 6/19).
A autora, a Prof. Fil. Marilena
Chaui, trabalha nesse texto a importância da ATITUDE FILOSÓFICA, e para tanto
traz situações do cotidiano, apontando questões nas quais estamos envoltos e
muitas vezes não nos damos conta de que a realidade
vivida deve ser pensada, refletida. A autora traça um paralelo com o filme
Matrix para uma maior compreensão, apontando que “vencer o poder da Matrix é
destruir a aparência ilusória, restaurar a realidade e assegurar que os seres
humanos possam perceber e compreender o mundo verdadeiro e viver realmente
nele”, (pág. 8).
O ápice do texto é O MITO DA CAVERNA (pá. 10), onde a
autora faz um paralelo entre o personagem Neo no interior da Matrix e o homem
que inicialmente se encontra no interior da Caverna, mas que posteriormente
consegue se libertar das correntes que o aprisionava no interior da Caverna e
consegue vencer os obstáculos e chega ao exterior da caverna.
Para tanto, a autora traz a
reflexão a figura de Sócrates (séc. IV a.C) e sua reflexão exponencial acerca
do papel do homem como ser-de-reflexão capaz de realizar a travessia da caverna (da aparência) para o
mundo externo (essência). Assim como Neo (novo = homem que faz a travessia
do mundo sensível para o mundo inteligível), somos desafiados a cumprirmos tal
missão: “CONHECE-TE A TI MESMO”.
O que é o Mito da
caverna:
Mito da caverna é uma metáfora
criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a
condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário
para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.
Também conhecida como Alegoria da
Caverna ou Parábola da Caverna, esta história está presente na obra “A
República”, criada por Platão e que discute, essencialmente, a teoria do
conhecimento, linguagem e educação para a construção de um Estado ideal.
O Mito da Caverna é um dos textos
filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade, servindo de base para
explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do
senso crítico.
Segundo o pensamento platônico,
que foi bastante influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível
era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção
da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das
ideias, ou seja, da razão.
O verdadeiro mundo só conseguiria
ser atingido quando o indivíduo percebesse as coisas ao seu redor a partir do
pensamento crítico e racional, dispensando apenas o uso dos sentidos básicos.
Saiba mais sobre o significado de
Platônico.
O Mito da Caverna
De acordo com a história
formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande
caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a
fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna.
Atrás dessas pessoas existia uma
fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens
de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna,
onde os prisioneiros ficavam observando.
Como estavam presos, os
prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem
aquelas projeções a realidade.
Certa vez, uma das pessoas presas
nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior.
A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o
ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna.
No entanto, com o tempo, ele acabou
por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis
voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as
informações e experiências que existiam no mundo exterior.
As pessoas que estavam na
caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e
chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para
os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.
Interpretação do Mito
da Caverna
Para Platão, a caverna simbolizava
o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam
a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças,
culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da
vida.
As pessoas ficam presas a estas
ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas
coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se
apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas.
O indivíduo que consegue se
“libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do
pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade.
Assim como aconteceu com seu
mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos
filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o
protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias
“revolucionárias”.
O Mito da Caverna mantém-se muito
contemporâneo nas diversas sociedades ao redor do mundo, que preferem
permanecer alheios ao pensamento crítico (seja por preguiça ou falta de
interesse) e aceitar as ideias e conceitos que são impostos por um grupo
dominante, por exemplo.
Fonte: https://www.significados.com.br/mito-da-caverna/