Amambai é primeiro colocado em ranking
nacional de suicídios
Em pesquisa promovida pelo
Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça, chamada de Mapa da
Violência, destaca que no ranking nacional dos municípios com taxa maior de
suicídios, estão dois municípios palco de conflito indígena no Estado de Mato
Grosso do Sul, Amambai (1º) e Paranhos (2º). Caarapó aparece na 30ª colocação
em nível nacional e 4º em nível de Estado.
Os dados do Mapa da Violência
mostram que, entre 1998 e 2008, a taxa de suicídios na população em geral de
Mato Grosso do Sul cresceu 39,3%. No primeiro ano citado, o índice de suicídios
foi de 5,6 casos por cem mil habitantes, enquanto uma década depois, essa
relação passou para 7,8.
O que mais chama atenção é quando
a taxa é estratificada para a população jovem. Aí, aumento fica ainda mais
evidente, chegando a 95,3%.
Em 1998, de acordo com o Mapa da
Violência, a taxa de suicídios em Mato Grosso do Sul era 7,3 a cada cem mil
habitantes entre 15 e 24 anos. No ano de 2008, conforme a pesquisa, esse índice
passou para 14,3.
O documento destaca Mato Grosso
do Sul ao informar ainda, que no país se passou de 4,2 a 4,9 suicidas em 100
mil habitantes e de 4,4 para 5,1 suicidas em 100 mil jovens na década
analisada. “A maior concentração de suicídios encontra-se na região Sul,
especialmente no Rio Grande do Sul e na região Centro-Oeste, principalmente no
estado de Mato Grosso do Sul” informa o documento.
Fonte: https://www.amambainoticias.com.br/cidades/amambai-e-1-colocado-em-ranking-nacional-de-suicidios
Em segundo no ranking de suicídios, MS
terá novo número para prevenção
A partir do dia 30 de setembro o
CVV (Centro de Valorização da Vida) passará a atender gratuitamente pelo 188 em
Mato Grosso do Sul e mais 7 estados brasileiros. O Estado é o segundo na lista
do Ministério da Saúde com maior indície de casos em relação ao número de habitantes.
Segundo o portal Notícias UOL, o
número, funciona desde 2015 no Rio Grande do Sul e surgiu a partir de um
convênio da instituição com o Ministério da Saúde para evitar suicídios.
Além de MS, os estados que
receberão a funcionalidade da linha são: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Piauí,
Roraima, Acre, Amapá e Rondônia.
Há planos para que o número tenha
abrangência nacional até 2020. Não há custo algum para a pessoa que ligar, e o
sigilo absoluto é garantido.
Números – MS figura como 2º da
lista do Ministério da Saúde como a Capital com mais números de suicídios por
número de habitante. São 7,82 suicídios para 100 mil habitantes.
Quem lidera a pesquisa é Rio
Grande do Sul com 9,22 para cada 100 habitantes.
Serviço - O CVV presta serviço
voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e
precisam conversar, sob total sigilo. Os atendimentos anuais são realizados por
2 mil voluntários pelo telefone 188 ou 141 (de acordo com a região), pessoalmente
em postos de atendimento ou por meio do site, via chat, Skype e e-mail.
Dez Principais Causas
de Suicídio
Em vários momentos da vida,
algumas pessoas podem pensar em suicídio por não encontrarem saída para certos
problemas que surgem. Sentem-se sem esperança e uma grande angústia vem
acompanhada com o pensamento de se privarem do direito de viver. Em outros
momentos, a pessoa não quer realmente morrer e sim impressionar os outros com a
gravidade de seu dilema.
Segundo algumas pesquisas, de 10
pessoas que possuem pensamento suicida, 8 cometem suicídio, e de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de 3 mil pessoas por dia cometem
suicídio no mundo.
I) Conheça agora as 10 principais causas que fazem uma pessoa cometer
suicídio.
10 Principais Causas de Suicídio
1) Solidão
Uma das queixas mais recorrentes
na tentativa de suicídio é a solidão. O sentimento de isolamento, de uma
angústia profunda por se sentir sozinho, de que ninguém vai compreendê-lo e
julgá-lo, de que não agüentam mais e estão cansados, são exemplos de falas
dessas pessoas. O silêncio funciona como uma “máscara” que encoberta a dor
profunda e a vergonha sentidas.
É possível que a pessoa mesmo
rodeada de amigos se sinta solitária. É sempre bom ficar atento aos sinais de
isolamento, como baixa autoestima, tristeza, perda de apetite, desânimo e
apatia. A solidão é um sentimento que, caso se torne contínuo na vida da
pessoa, pode virar uma doença como a depressão.
2) Depressão
A consequência mais desastrosa da
depressão é o suicídio. Das 30 mil pessoas que morrem por suicídio nos Estados
Unidos a cada ano, por exemplo, a maioria está sofrendo de depressão.
Entretanto, já que as mortes por suicídio nem sempre são notificadas (devido ao
estigma e ao fato de que muitas mortes acidentais provavelmente são suicídio),
o número real ao ano pode chegar a 50 mil.
Na depressão, a pessoa se isola,
chora muito, fica irritadiça, não sente mais prazer nas atividades que antes
lhe agradavam, prefere não falar sobre seus sentimentos, não confia em ninguém
e tem pensamentos suicidas.
3) Presença de outras doenças ou
má saúde
Algumas doenças que deixam as
pessoas impossibilitadas de alguma forma física, como andar, falar, ouvir, etc,
ou, por exemplo, outras doenças como HIV, câncer, uma doença terminal ou
transtornos mentais (esquizofrenia, depressão, bipolaridade, distúrbios da
ansiedade e a personalidade, bulimia e anorexia, etc), podem contribuir para
uma maior desorganização ou desconforto emocional, uma vez que, por essas
pessoas acharem que tem uma doença incurável, ficam sem esperanças.
Essas pessoas não conseguem
pensar em soluções e lidar com os obstáculos que surgem, sentem-se
incapacitadas física e psicologicamente, desesperadas e intoleráveis. O risco
de suicídio em pessoas que possuem esquizofrenia, por exemplo, é de 4 a 10%, já
que elas podem estar em um estado fora da realidade, ter crises psicóticas e
delírio de perseguição.
4) Problemas conjugais e de
relacionamento
As brigas recorrentes com os pais
e falta de amparo deles, término de um relacionamento, discussões frequentes
com o (a) parceiro (a), divórcio e separação podem levar uma pessoa ao
suicídio. Um exemplo seria o de uma mulher que toma uma superdosagem de
sonífero quando seu esposo ou amante ameaça deixá-la.
Na maioria das vezes, para estas
pessoas, uma relação em que se investiu tempo e toda uma carga emocional é
difícil de ser desfeita. A separação ou discussões constantes levam à tristeza
e depressão, elevando o risco para cometerem suicídio.
5) Dificuldades financeiras ou
profissionais
Dificuldades financeiras,
problemas no trabalho, desemprego e perda do status socioeconômico são outros
riscos para o suicídio. A riqueza e o poder são volúveis e instáveis, e a
qualquer momento estamos sujeitos a perder dinheiro, um emprego e a riqueza que
existia antes.
Atualmente, com o aumento do
desemprego e a crise econômica, o suicídio parece para muitos ser a única saída
possível, que acaba por desencadear solidão, perda de apoio social, crises
familiares e sensação de impotência, agravando assim tendências
autodestrutivas, abuso de álcool e outras drogas e transtornos mentais, como
ansiedade e depressão.
6) Bullying
Atualmente muito se tem falado
sobre a relação de bullying e suicídio. Casos ocorridos com crianças e
adolescentes que sofreram violência física e/ou psicológica por um grupo de
indivíduos na escola, no bairro ou outro local e cometem suicídio tem
aumentado.
Diante do bullying, a pessoa
passa a ter ansiedade, depressão e pânico. E em certos casos, até a utilizar
álcool e outras drogas. Seu medo é constante por sofrer ou tentar evitar esses
atos de violência, levando à tristeza e pressão por receio de contar aos
familiares e amigos seu sofrimento.
7) Problemas na adolescência e
início da vida adulta
A taxa de suicídio entre
adolescentes e jovens adultos está aumentando. A incidência de suicídio entre
jovens de 15 a 24 anos quadriplicou durante as últimas quatro décadas.
Adolescentes suicidas tendem a abandonar os estudos ou a ter problemas de
comportamento na escola, embora alguns sejam estudantes talentosos que se
sentem pressionados para serem perfeitos e os melhores da turma.
Algumas pesquisas mostram em
estudantes do último do ensino médio mostraram que 27% disseram pensar
seriamente em se matar. Os universitários têm duas vezes mais chances de se
matar do que os que não estão na universidade de mesma idade, pois, segundo
alguns estudos, são mais mal-humorados, exigem mais de si mesmos e se deprimem
com mais freqüência do que seus colegas não-suicidas.
Dentre os motivos para o suicídio
entre eles estão: solidão, viver longe de casa pela primeira vez (no caso de
irem morar em repúblicas), receber pouco afeto parental, ter pais alcoólatras,
pais divorciados ou separados, enfrentar novos problemas, tentar se sobressair
academicamente quando a competição é muito mais forte do que no ensino médio,
indecisões quanto à escolha da profissão, solidão causada pela ausência dos
velhos amigos e ansiedade em relação aos novos.
8) Luto ou perdas afetivas
Perder um familiar querido (pais,
irmãos, cônjuge, filhos) muitas vezes faz certas pessoas cometerem suicídio.
Elas acham que podem ter perdido sua única fonte de apoio. Isso acontece muito
com idosos que perdem seu parceiro, sua única companhia e de quem cuidava ou
era cuidado.
Perder alguém importante é deixar
uma lacuna vazia em nossas vidas, uma pessoa que não estará mais presente. Mas
para muitas pessoas é comum pensar em cessar a vida, uma vez que estão
presenciando prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalorização de si,
ideação suicida, e até sintomas psicóticos e retardo motor.
9) Abuso de drogas
Estudos mostram que pessoas que
cometeram suicídio quase 60% abusavam de drogas e 84% de álcool e outras
drogas. O abuso de drogas faz com que estas pessoas fiquem deprimidas e se matem
ou elas recorrem às drogas como uma forma de lidar com a depressão e se matam
quando as drogas já não ajudam mais.
Porém, em muitos casos, o abuso
de drogas parece ter aparecido antes de problemas psicológicos. Jovens, com
menos de 30 anos, usuários de drogas que cometem suicídio tem uma frequência
maior do que a prevista de conflitos interpessoais intensos ou de perda de um
cônjuge ou parceiro nas semanas que antecedem o suicídio.
10) Timidez
Pode parecer impossível alguém
tímido pensar em suicídio. Porém, a timidez é um dos fatores de risco para uma
pessoa cometer suicídio. Mas não se trata aqui da timidez normal e sim da
patológica, conhecida pelos profissionais de saúde mental como Transtorno de
Ansiedade Social.
Esta timidez patológica limita a
vida profissional, social e afetiva. Há um desconforto e inibição que estas
pessoas apresentam em seus comportamentos, como: medo intenso, desproporcional
e sem motivo aparente; círculo de amizades restrito; evita tudo que é novo; tem
rotina rígida; e sente grande necessidade de aprovação dos outros. E tudo isso
afeta o prazer de viver, acabando por pensar em suicídio para escapar e não
saber como ultrapassar estes obstáculos.
II) As probabilidades do suicídio entre homens e mulheres
As mulheres tentam suicídio em
média três vezes mais do que os homens, provavelmente por isso estar relacionado
com a maior incidência de depressão entre elas, que cortam os pulsos ou tomam
uma superdosagem de medicamentos, drogas ou veneno.
Porém, às vezes, os homens têm
mais êxito em se matar do que as mulheres, que está relacionado com o método
escolhido, sendo mais inclinados a utilizar armas de fogo, gases de combustão
ou enforcamento.
III) O que fazer ao saber que uma pessoa próxima pensa em suicídio?
10 Principais Causas de Suicídio
A tentativa de suicídio é um
grito por socorro. Ela é motivada pelo desejo de comunicar sentimentos de
desespero e mudar o comportamento de outras pessoas. Elas não sabem se querem
viver ou morrer, ou se querem as duas coisas ao mesmo tempo, geralmente uma
mais do que outra.
Toda forma de suicídio deve ser
levada a sério, já que uma pessoa que fala sobre suicídio pode realmente
tentá-lo. Há centros de prevenção ao suicídio em que pessoas perturbadas podem
obter ajuda, seja por contato telefônico ou pessoalmente. O CVV (Centro de
Valorização à Vida), por exemplo, oferece ajuda à distância, por telefone,
chat, e-mail e skype.
É preciso ouvir a pessoa sem
julgá-la, acreditar no que ela está dizendo e oferecer ajuda. Converse com ela
sobre a probabilidade de procurar ajuda profissional, encaminhando-a para uma
avaliação psiquiátrica e psicológica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário