segunda-feira, 1 de março de 2021

1º Ano / 1º Bim. Atitude Filosófica.

 

Disciplina: Filosofia

Prof.: Prof. Fil. Antonio Moraes

Série: 1º Ano

Texto: A Atitude filosófica (pág. 6/19)

Livro: Iniciação à Filosofia

Autora: Marilena Chaui

Editora: Ática, 2016

Blog: http://filhodasophia.blogspot.com.br

 

ESTUDO DIRIGIDO ACERCA DA TEMÁTICA A ATITUDEFILOSÓFICA (PÁG. 6/19).

A autora, a Prof. Fil. Marilena Chaui, trabalha nesse texto a importância da ATITUDE FILOSÓFICA, e para tanto traz situações do cotidiano, apontando questões nas quais estamos envoltos e muitas vezes não nos damos conta de que a realidade vivida deve ser pensada, refletida. A autora traça um paralelo com o filme Matrix para uma maior compreensão, apontando que “vencer o poder da Matrix é destruir a aparência ilusória, restaurar a realidade e assegurar que os seres humanos possam perceber e compreender o mundo verdadeiro e viver realmente nele”, (pág. 8).

O ápice do texto é O MITO DA CAVERNA (pá. 10), onde a autora faz um paralelo entre o personagem Neo no interior da Matrix e o homem que inicialmente se encontra no interior da Caverna, mas que posteriormente consegue se libertar das correntes que o aprisionava no interior da Caverna e consegue vencer os obstáculos e chega ao exterior da caverna.

Para tanto, a autora traz a reflexão a figura de Sócrates (séc. IV a.C) e sua reflexão exponencial acerca do papel do homem como ser-de-reflexão capaz de realizar a travessia da caverna (da aparência) para o mundo externo (essência). Assim como Neo (novo = homem que faz a travessia do mundo sensível para o mundo inteligível), somos desafiados a cumprirmos tal missão: “CONHECE-TE A TI MESMO”.

 

O que é o Mito da caverna:

Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.

Também conhecida como Alegoria da Caverna ou Parábola da Caverna, esta história está presente na obra “A República”, criada por Platão e que discute, essencialmente, a teoria do conhecimento, linguagem e educação para a construção de um Estado ideal.

O Mito da Caverna é um dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade, servindo de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do senso crítico.

Segundo o pensamento platônico, que foi bastante influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das ideias, ou seja, da razão.

O verdadeiro mundo só conseguiria ser atingido quando o indivíduo percebesse as coisas ao seu redor a partir do pensamento crítico e racional, dispensando apenas o uso dos sentidos básicos.

Saiba mais sobre o significado de Platônico.

O Mito da Caverna

De acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna.

Atrás dessas pessoas existia uma fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando.

Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade.

Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna.

No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações e experiências que existiam no mundo exterior.

As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.

Interpretação do Mito da Caverna

Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida.

As pessoas ficam presas a estas ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas.

O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade.

Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”.

O Mito da Caverna mantém-se muito contemporâneo nas diversas sociedades ao redor do mundo, que preferem permanecer alheios ao pensamento crítico (seja por preguiça ou falta de interesse) e aceitar as ideias e conceitos que são impostos por um grupo dominante, por exemplo.

Fonte: https://www.significados.com.br/mito-da-caverna/

 


2º Ano / 1º Bim. A Atitude Cientifica.

 

Disciplina: Filosofia

Prof.: Prof. Fil. Antonio Moraes

Série: 2º Ano

Texto: A Atitude Cientifica (pág. 236/243)

Livro: Iniciação à Filosofia

Autora: Marilena Chaui

Editora: Ática, 2016

Blog: http://filhodasophia.blogspot.com.br

 

ESTUDO DIRIGIDO ACERCA DA TEMÁTICA A ATITUDE CIENTIFICA (PÁG. 236/243).

A autora, a Prof. Fil. Marilena Chaui, trabalha nesse texto a importância da ATITUDE CIENTIFICA, e para tanto traz situações do cotidiano, apontando questões nas quais estamos envoltos e muitas vezes não nos damos conta de que a realidade vivida deve ser pensada, refletida.

Senso Comum e Atitude Científica.

Há uma grande diferença entre nossas certezas cotidianas e o pensamento científico. Nossas opiniões cotidianas formam o senso comum da nossa sociedade, criam certezas que são transmitidas de geração a geração, e muitas vezes, se transformam em crença religiosa, tornando-se uma doutrina inquestionável. Vejamos alguns exemplos:

O Sol é menor do que a Terra, o Sol se move em torno da Terra que permanece imóvel, as cores existem em si mesmas. A família é uma realidade natural criada pela natureza para garantir a sobrevivência humana e para atender à afetividade natural dos humanos, que sentem necessidade de viver juntos.

O conhecimento científico desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isso onde vemos fatos e acontecimentos, a atitude cientifica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas. Retornemos aos nossos exemplos:

A astronomia demonstra que o Sol é muitas vezes maior do que a Terra e, desde Copérnico, que é a Terra que se move em torno do Sol. A óptica demonstra que as cores são ondas luminosas, obtidas pela refração e reflexão ou decomposição da luz branca. Historiadores e antropólogos mostram que o que entendemos por família (pai, mãe, irmãos, esposa, marido) é uma instituição social recentíssima – data do século XV – e é própria da Europa ocidental, mostram também que não é um fato natural, mas uma criação humana, exigida por condições históricas determinadas.

 

Características do Senso Comum

Um breve exame dos nossos saberes cotidianos e do senso comum de nossa sociedade revela que possuem algumas características que lhes são próprias:

- são subjetivos, isto é, exprimem sentimentos e opiniões individuais ou de grupos, variando de uma pessoa para outra ou de um grupo para outro, dependendo das condições em que vivemos.

- por serem subjetivos, levam a uma avaliação qualitativa das coisas conforme os efeitos que produzem em nossos órgãos dos sentidos ou conforme os desejos que despertam em nós e o tipo de finalidade ou de uso que lhes atribuímos.

- agrupam-se ou distinguem-se conforme as coisas e os fatos nos pareçam semelhantes ou diferentes.

- são individualizadores, isto é, cada coisa ou cada fato nos parece como um indivíduo distinto dos outros por possuir qualidades que nos afetam de maneira diferente.

- mas são também generalizadores, pois tendem a reunir numa só opinião ou numa só idéia coisas e fatos julgados semelhantes.

- em decorrência das generalizações, tendem a estabelecer relações de causa e efeito entre as coisas ou entre os fatos.

- não se surpreendem nem se admiram com a regularidade, constância, repetição e diferença das coisas, mas, ao contrário, a admiração e o espanto se dirigem para o que é imaginado como único, extraordinário, maravilhoso ou miraculoso.

- pelo mesmo motivo e não por compreenderem o que seja a investigação cientifica, tendem a vê-la quase como magia, considerando que ambas lidam com o misterioso, o oculto, o incompreensível.

- costumam projetar nas coisas ou no mundo sentimentos de angustia e de medo diante do desconhecido.

- por serem subjetivos, generalizadores, expressões de sentimento de medo e angustia e de incompreensão quanto ao trabalho cientifico, nossas certezas cotidianas e o senso comum de nossa sociedade cristalizam-se em preconceitos com os quais passamos a interpretar a realidade que nos cerca e todos os acontecimentos.

 

Características do pensamento cientifico

Em quase todos os aspectos podemos dizer que o pensamento filosófico-cientifico opõe-se ponto por ponto às características do senso comum:

- é objetivo, pois procura as estruturas universais e necessárias das coisas investigadas.

- é quantitativo, ou seja, busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem diferentes.

- é homogêneo, isto é, busca as leis gerais de funcionamento dos fenômenos, que são as mesmas para os fatos que nos parecem diferentes.

- é generalizador, pois reúne individualidades sob as mesmas leis, os mesmos padrões ou critérios de medida, mostrando que possuem a mesma estrutura, embora sejam sensorialmente percebidas como diferentes.

- é diferenciador, pois não reúne nem generaliza por semelhanças aparentes, mas distingue entre os que parecem iguais, desde que obedeçam a estruturas diferentes.

- só estabelece relações causais depois de investigar a natureza ou estrutura do fato estudado e suas relações com outros semelhantes e diferentes.

- surpreende-se com a regularidade, a constância, a frequência, a repetição e a diferença das coisas e procura mostrar que o maravilhoso, o extraordinário ou o milagroso é um caso particular do que é regular, normal, frequente.

- distingue-se da magia. A atitude cientifica opera um desencantamento do mundo, mostrando que nele não agem forças secretas, mas causas e relações racionais que podem ser conhecidas e que tais conhecimentos podem ser transmitidos a todos.

- afirma que, pelo conhecimento, o homem pode libertar-se do medo e das superstições, deixando de projetá-los no mundo e nos outros.

- procura renovar-se continuamente, evitando a transformação das teorias em doutrinas e destas em preconceitos sociais. O fato cientifico resulta de um trabalho paciente e lento de investigação e de pesquisa racional, aberto a mudanças, não sendo nem um mistério incompreensível nem uma doutrina geral sobre o mundo.

A ciência distingue-se do senso comum porque esta é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições cristalizadas, enquanto a primeira baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional.

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3º Ano / 1º Bim. A Existência Ética.

 

Disciplina: Filosofia

Prof.: Prof. Fil. Antonio Moraes

Série: 3º Ano

Texto: A existência Ética (pág. 312/319)

Livro: Iniciação à Filosofia

Autora: Marilena Chaui

Editora: Ática, 2016

Blog: http://filhodasophia.blogspot.com.br

 

ESTUDO DIRIGIDO ACERCA DA TEMÁTICA A EXISTÊNCIA ÉTICA (PÁG. 312/319).

A autora, a Prof. Fil. Marilena Chaui, trabalha nesse texto a importância da A EXISTÊNCIA ÉTICA, e para tanto traz situações do cotidiano, apontando questões nas quais estamos envoltos e muitas vezes não nos damos conta de que a realidade vivida deve ser pensada, refletida.

A existência ética.

Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.

Vivemos certas situações, ou sabemos que foram vividas por outros, como situações de extrema aflição e angústia.

Situações como essas - mais dramáticas ou menos dramáticas - surgem sempre em nossas vidas.

Nossas dúvidas quanto à decisão certa a tomar não manifestam nosso senso moral, mas também põem a prova nossa consciência moral, pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumimos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas opções.

Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma coisa que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de voltar atrás no tempo e agir de modo diferente. Esses sentimentos também exprimem nosso senso moral.

O senso moral e a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a sentimentos provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzem a ações com consequências para nós e para os outros. Embora os conteúdos dos valores variem, podemos notar que estão se referindo a um valor mais profundo, mesmo que apenas subentendido: o bom ou o bem.

O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade. Dizem respeito às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e existem como parte da nossa vida subjetiva.

Senso Moral = maneira como avaliamos a conduta e a ação de outras pessoas.

Consciência Moral = capacidade de decidir o que fazer, de justificar as razões de nossas decisões e de assumir as consequências delas.

Juízo de Fato = dizem o por que as coisas são o que são, como são e por que são.

Juízo de Valor = são avaliações sobre coisas, pessoas e situações, e são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião. Se referem ao que devem ser.

Agente Moral = Homem, dotado de razão, capaz de ver, julgar e agir na realidade em que está inserido.

A Existência Ética é constituída por dois polos internamente relacionados: o agente ou o sujeito moral (o homem) e os valores morais ou os fins éticos. Além disso, é constituída também pelos meios morais.

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