domingo, 25 de fevereiro de 2018

1º Ano / Filo / 1º Bim.

Disciplina: Filosofia 
Prof.: Prof. Fil. Antonio Moraes 
Série: 1º Ano 
Texto: A Atitude filosófica (pág. 6/19) 
Livro: Iniciação à Filosofia 
Autora: Marilena Chaui 
Editora: Ática, 2016 
Blog: http://filhodasophia.blogspot.com.br 

ESTUDO DIRIGIDO ACERCA DA TEMÁTICA A ATITUDE FILOSÓFICA (PÁG. 6/19). 

A autora, a Prof. Fil. Marilena Chaui, trabalha nesse texto a importância da ATITUDE FILOSÓFICA, e para tanto traz situações do cotidiano, apontando questões nas quais estamos envoltos e muitas vezes não nos damos conta de que a realidade vivida deve ser pensada, refletida. 
A autora traça um paralelo com o filme Matrix para uma maior compreensão, apontando que “vencer o poder da Matrix é destruir a aparência ilusória, restaurar a realidade e assegurar que os seres humanos possam perceber e compreender o mundo verdadeiro e viver realmente nele”, (pág. 8). 
 O ápice do texto é O MITO DA CAVERNA (pág. 10), onde a autora faz um paralelo entre o personagem Neo no interior da Matrix e o homem que inicialmente se encontra no interior da Caverna, mas que posteriormente consegue se libertar das correntes que o aprisionava no interior da Caverna e consegue vencer os obstáculos e chega ao exterior da caverna. Para tanto, a autora traz a reflexão a figura de Sócrates (séc. IV a.C) e sua reflexão exponencial acerca do papel do homem como ser-de-reflexão capaz de realizar a travessia da caverna (da aparência) para o mundo externo (essência). 
Assim como Neo (novo = homem que faz a travessia do mundo sensível para o mundo inteligível), somos desafiados a cumprirmos tal missão: “CONHECE-TE A TI MESMO”. 

O que é o Mito da caverna: 
Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos. Também conhecida como Alegoria da Caverna ou Parábola da Caverna, esta história está presente na obra “A República”, criada por Platão e que discute, essencialmente, a teoria do conhecimento, linguagem e educação para a construção de um Estado ideal. 

O Mito da Caverna é um dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade, servindo de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do senso crítico. Segundo o pensamento platônico, que foi bastante influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das ideias, ou seja, da razão. O verdadeiro mundo só conseguiria ser atingido quando o indivíduo percebesse as coisas ao seu redor a partir do pensamento crítico e racional, dispensando apenas o uso dos sentidos básicos. Saiba mais sobre o significado de Platônico. 

O Mito da Caverna de acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna. Atrás dessas pessoas existia uma fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando. Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade. Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna. No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações e experiências que existiam no mundo exterior. As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo. 

Interpretação do Mito da Caverna:
Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida. As pessoas ficam presas a estas ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas. O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade. 

Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”. O Mito da Caverna mantém-se muito contemporâneo nas diversas sociedades ao redor do mundo, que preferem permanecer alheios ao pensamento crítico (seja por preguiça ou falta de interesse) e aceitar as ideias e conceitos que são impostos por um grupo dominante, por exemplo. 

Fonte: https://www.significados.com.br/mito-cavena

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