Cinismo
Postado por Natália Petrin
Cinismo é o nome que recebe a corrente filosófica que foi
fundada por Antístenes, discípulo de Sócrates. Os filósofos que seguiam essa
corrente, recebiam o nome de cínicos e seu propósito na vida era viver na
virtude, de acordo com a natureza. O nome foi originado do grego, cuja tradução
literal seria “igual a um cão”. Os cínicos eram chamados de cães, pois
Antístenes ensinava em um templo para nothoi atenienses, que é um termo usado
para designar aqueles que não possuíam a cidadania ateniense por nascerem de
escravas, estrangeiras ou prostitutas. O templo era chamado Cinosargo, que vem
de Cynosarges que pode significar “alimento de cão”, “cão rápido”.
História
Cinismo
Antístenes, ex-aluno de Sócrates, foi o primeiro filósofo a
definir o cinismo no final do século 5 a.C., e foi seguido por Diógenes de
Sinope, que foi quem levou aos extremos lógicos o cinismo, passando a ser visto
como o arquétipo de filósofo cínico. A corrente filosófica começou a
espalhar-se durante a ascensão do império romano no século 1. E desapareceu ao
final do século 5, apesar de que muitos filósofos afirmam que o cristianismo
primitivo adotou muitas ideias ascéticas e retóricas.
Os cínicos gregos e romanos clássicos tinham a virtude como a
necessidade única para a alcançar a felicidade, e seguiram a filosofia
cegamente, negligenciando tudo que não promovesse a perfeição da virtude e não
permitisse chegar à felicidade. O termo cínicos, derivado do grego que
significa cão, era usado pois os cínicos negligenciavam a sociedade, higiene,
família e dinheiro, entre outras coisas, de forma semelhante à um cão.
Características de vida e influências
Os cínicos viviam rejeitando valores sociais, poder, fama e
dinheiro, desacreditando que isso poderia trazer a felicidade verdadeira.
Viviam apenas de acordo com a natureza, libertando-se de convenções para
tornar-se autossuficientes. A ganância, para eles, era vista como uma forma de
sofrimento, assim como alguns outros comportamentos que criticavam. No início
do século 19, desenvolveram uma compreensão moderna de cinismo, que o definia
como “uma atitude de desdém negativo ou cansado, especialmente uma desconfiança
geral quanto à integridade ou motivos professos dos outros”, em contraponto com
a filosofia antiga que pregava a virtude e a liberdade moral na libertação do
desejo.
Para os cínicos, a felicidade dependia exclusivamente de seu
eu interior, sendo alheia às preocupações com a morte, a saúde e o sofrimento,
por exemplo, sendo a chave exatamente a libertação de tudo isso. Esses
filósofos tiveram influência em outros filósofos como os pitagóricos, que já
tinham defendido a vida simples nos séculos anteriores.
Fonte: https://www.estudopratico.com.br/cinismo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário